A Indústria de Aviação e Serviços (IAS), especializada em manutenção de motores aeronáuticos e sediada em São José da Lapa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai triplicar a capacidade de produção até dezembro, saltando de 50 para 150 a quantidade de equipamentos recuperados e testados anualmente. Como reflexo, haverá aumento de 30% no quadro de funcionários, hoje composto por 98 pessoas. Isso significa que cerca de 30 empregos serão gerados. O investimento no projeto, que está em curso há três anos, não foi informado.
“Como é um investimento em parceria com um braço canadense da Pratt & Whitney, ainda não podemos detalhá-lo”, justifica o diretor Comercial da IAS, Eliseu Alcântara. A Pratt & Whitney é líder mundial no design, fabricação e manutenção de motores de aviões e helicópteros.
Hoje, a IAS trabalha com motores Rolls-Royce, Klimov e Pratt & Whitney e possui cinco bancos de provas, em que as máquinas são testadas. Com a parceria, a intenção é aumentar consideravelmente a participação dos equipamentos da marca P&W na carteira de clientes, ampliando a estrutura para seis bancos de provas. A empresa funciona em uma área de 22 mil metros quadrados.
Novos voos
Com maior capacidade de produção e foco em aeronaves que operam no Brasil, o objetivo é ampliar gradativamente o mercado para América do Sul e Rússia. “Da Rússia, atenderemos a um modelo específico de motor da Rolls-Royce que não tem suporte por lá. Vimos isso como uma oportunidade de negócio”, diz Alcântara.
Há cerca de 20 dias, a empresa recuperou e entregou um equipamento do país europeu. Somente na América do Sul, ele estima que haja um mercado de 4,5 mil motores.
Know how
Ainda conforme o executivo, a IAS têm capacidade para executar a esmagadora maioria dos serviços necessários à manutenção e testes dos equipamentos internamente. Raras vezes, no entanto, é necessário encaminhar a máquina para fora do país. A robustez da companhia, aliás, é um dos motivos que explica a parceria com a Pratt & Whitney, segundo Alcântara.
“Somos o único centro tecnológico do Brasil que não é fabricante e tem capacidade de altíssimo nível. Já temos a estrutura montada, o que reduz a necessidade de investimentos iniciais em uma nova planta da Pratt & Whitney no país”, explica.
Além disso, o fato de Belo Horizonte possuir boa mão de obra no segmento ajudou na escolha. “Temos várias faculdades de engenharia aeronáutica e muitas escolas de cursos técnicos próximos à empresa, que está praticamente em Belo Horizonte”, destaca o executivo.
Fonte: Hoje Em Dia